Já olharam bem para as estrelas hoje? Pois é, não têm nada de especial, estão assim todos os dias. E quando não estão assim, é porque têm o veludozinho húmido das nuvens a escondê-las. Por vezes brilham muito mais do que hoje, resplandecem que nem faróis cravados no tecto do mundo. Adoro ter nas estrelas uma companhia no escuro da solidão, são persistentes e quase nunca fogem. Às vezes quem foge somos nós que, afocinhados no chão de terra sonolenta, na Terra que circula lenta, perdemos o hábito de olhar para cima, e o essencial de olhar para cima é perceber a nossa gigantesca pequenez. Perder-mo-nos no nosso umbigo, contornando-o como a uma rotunda, infinitamente, acontece demasiado. Mas se pelo menos uma vez por outra tivermos a audácia de olhar o céu e sentirmo-nos pequenos, é possível que não sejamos engolidos pelo redemoinho de egocentrismo que temos no centro da barriga.
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A mostrar mensagens de março, 2013
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arghhhhh. Estou farto de me balbuciar o teu nome repetidamente na minha cabeça, parece que me colaram um post-it nos óculos com o teu nome escritoarghhhhhhhhhh é como se fechasse os olhos e tivesse um screensaver com a tua cara a flutuar dum lado para o outro cmkfjngvbfuncidmcnfuvbytfuncdi. Entro em pânico apenas por escrever isto, imagina o pânico que tenho em dizê-lo.
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E que estranho é Ser alguma coisa absoluta Uma apenas e só. Uma pessoa devoluta Que grite mas que não se oiça, Uma personalidade de cão de loiça. É assim que vão Presos aos fios do teu cabelo Bocados de mim. Sou um fragmentado modelo Do que fui um dia, Ainda não te conhecia... Não sonhas que ao ver-te O que nos separa parece um abismo E sinto-me perto do fim. Não há sismo Que trema tanto no mundo Como o que treme cá no fundo.