quinta-feira, 15 de novembro de 2012


Sem pegar fogo
Esfumo-me por dentro,
A alma entra em lenta combustão,
Tenho cinzas no coração.

No lugar da chama
Tenho uma furna em mim,
Das minhas feridas sai poeira,
Uma dor que não é verdadeira.

Boto álcool na labareda
Quero a alma a arder,
A chuva esbate e escorre,
E vida sem calor morre.

As cinzas no coração
Já não voltam a incandescer,
São pó que leva o vento,
E o espírito rasteja, lento.

Sem comentários:

Enviar um comentário