quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Devaneio número Um

Primeiro devaneio aqui exposto, já algum tempo escrito, num dia de melancólica chuva.

Menino descalço volta para casa,
Varina recolhe mercadoria,
Campino arruma gado,
Pastor junta rebanho.
Escurece o triste dia atrás do horizonte.

Escondem a Lua agoirentas nuvens,
Cala-se a rola, ouve-se o negro corvo
E a chuva,
Triste e desalmada,
Tomba sobre o solitário montado.

O Vento acaricia sobro e oliva
Cantando-lhes o velho Fado
Ao som da amarga chuva,
Que maltrata entes e gentes.
E só não molha as andorinhas prudentes,
Que partem para o sereno Austral.

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