Devaneio número Quatro
De imaginação obstruída, e também por falta de tempo, para aqui mando outro dos meus devaneios, também ele escrito já há bastante tempo. Enquanto a caneta desliza sobre o papel, Enquanto a imaginação viaja por vielas escuras, Jaz um corpo morto com a alma quente. Enquanto o poeta cospe sonhos na folha Sonhos infindáveis maravilham os outros Os que amam sem saber que existem. Enquanto esta vida durar Não hei-de eu sair de meu casulo A poesia reina nele, Porque havia de querer sair? Enquanto esta vida durar Não deixarei de amar, Nunca enfrentarei a realidade… Pergunta-me porquê, Eu dir-te-ei que sou poeta…