quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Arranhadora suave do silêncio da minha cabeça, a tua voz salta-me em cima da pele e cria-me tremores. Já não funciono mais, é como uma cãimbra que vem do centro do peito, como se o ar me fugisse da respiração, como se me trespassassem com uma pena os nós da espinha. Passam-me por trás dos olhos reflexos de sensacional êxtase. Antevejo sabor a primavera, uma trança que descansa em cima do meu peito e olhos que transcendem o escuro breu, tornando-o aurora resplandecente. Antevejo-te.
É logo depois de revirar os olhos que me cai o mundo em cima, e o que antevejo não vejo ser. Não vejo acontecer o que parecia tão possível e tão formidável. É só um delírio, apenas mais um. Vendo bem, parecia tão formidável que duvido merecer algo assim

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