segunda-feira, 24 de dezembro de 2012


Entro na sala do café
E o fumo espiralado lambe-me a solidão,
Ela desaparece e perguntam por mim,
Querem saber de mim!

Respondo sempre bem
E que está sempre tudo bem,
Que o dinheiro vai e vem
E que tenho saúde de ferro.

De quando em vez dizem
Que tenho ar apático e aéreo,
Até me perguntam “o que se passa?”
Só me ocorre que o tempo não passa.

Só não me vejo correr
Atrás do que me sinto querer,
Só o que não quero é que galopa para mim
Só estou só, e não vejo o fim.

2 comentários: