Quando é que se libertam   Os presos da consciência,   Os pregos na inteligência,   Os peçonhentos bichos   Que me roem por dentro?     Sou roído gradualmente   Parece que planearam,   Uniram-se e atacaram,   Cresceram devagar e fluíram   Pelo meu sangue e mente.  
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A mostrar mensagens de dezembro, 2012
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  Entro na sala do café   E o fumo espiralado lambe-me a solidão,   Ela desaparece e perguntam por mim,   Querem saber de mim!     Respondo sempre bem   E que está sempre tudo bem,   Que o dinheiro vai e vem   E que tenho saúde de ferro.     De quando em vez dizem   Que tenho ar apático e aéreo,   Até me perguntam “o que se passa?”   Só me ocorre que o tempo não passa.     Só não me vejo correr   Atrás do que me sinto querer,   Só o que não quero é que galopa para mim   Só estou só, e não vejo o fim.  
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  Somos felizes por reacção   Química, explosiva e nuclear,   Atómica, voraz e lunar.   Em jeito de resumo, por um erro.     Se sou feliz é porque me engano,   Me enganei ou me enganaram.   Foi um equivoco que os espelhos nos criaram,   Porque o erro é o núcleo da felicidade.     Se vais a correr tropeça,   Hás-de te afogar até aprenderes a nadar   Grita até te doer a falta de ar,   As estrelas estão desalinhadas por alguma razão     E por mero acaso   Quando o nevoeiro se deita   Não passa a vida que é perfeita,   Não passa o erro, cobarde e ferido.