terça-feira, 23 de março de 2010

Devaneio número Cinco

O tempo não tem sido generoso para comigo... talvez agora nas tão esperadas férias da Páscoa consiga meter aqui qualquer coisa nova. Entretanto aqui vai mais um devaneio que se perdeu na minha completamente arrumada e organizada(-_-')secretária.

Se o sonho vive de ilusão
Por favor iludam-me.
A ténue linha entre a chama e a solidão
Morreu como o frio mármore,
A solidão escureceu o sonho e o clarão
E vida sem sonhos é em vão.

Mas se o sonho vive de ilusão
Não há-de voltar o Inverno
Pois que a alma quente do poeta
Dispersa e inquieta
Aquece o temporal com sopro terno,
E vida sem calor é em vão.

Quero sonhar em vão
Quero matar a solidão
Quero ofuscar-me pelo clarão,
Para poder sonhar sem fim
Quando o Sol se abrir em mim,
E sonhar eternamente não é em vão.